DIALOGANDO COM AS OBRAS - 4/6

06-11-2013 21:44

Título: Fortes emoções.

Até pensei inicialmente, também, que se tratava de algo trágico, em sua vida. Mas, observando-se cuidadosamente  na tela do seu PC, nota-se que está selecionado o nome; “Filipe Mendonça de Azevedo e Silva”. Investigando-o, Google, concluí que o foco era outro. Tratava-se de alguém do seu passado, bem distante, lá, do lado de lá, e que ela nunca se dera conta, do dito. Hoje, frágil, sozinha, cheia de marcas da sua estrada e com uma elevada carga de emoções desfavoráveis, ai, vem o dardo inesperadamente e lhe atinge. O impacto foi tal que penetrou lá no fundo da alma. Portanto, o resultado não é o que se vê.                                                                         Ao contrário do que se diz,  “Uma imagem vale mais que mil palavras”.

José Ivanildo.

                                                        

 

Título: A espera I.                                                                                                                                                                                  Esta não é “uma espera”, não é mesmo! Esta é aquela força oculta e inexplicável que está presente na origem dos fatos inesperados, uns chamam de acaso e outros... Creio que para alcançar sólidas paredes, muito provavelmente terá que estar acompanhado de um anjo deste. Acredito eu, só aqueles ou aquelas dotados de uma pura fé serão os afortunados. Tenho isto como experiência pessoal, confesso que para experimentar este efeito não foi preciso esfolar-me  em asfalto ou seguir discursos carregados de maculadas emoções, nada contra aos que preferem. Segui, apenas, meu instinto leve e natural. Por fim, apenas aqueles que mergulharam nas profundezas dessas águas tiveram a percepção da densidade de uma vida.   

         José Ivanildo

 

 

Título: Maria da Salvação -

 Maria da Salvação. Mulher devota e de muita fé. Vive nesse instante, um efervescente romance. Disse ela, é o maior de tantos que já tivera. Disse também, que já encontrou seus sapatos na geladeira, já cuou café na calça, já rezou novenas e foi até para um pai de santo, os búzios jogar.                                                                                                      Esteve ela, nesses dias, bastante atarantada. Olha, seu menino, disse ela, eu nem dormia e nem comia. Era um que de chá pra lá e chá pra cá, até um rosário de sabugo de milho, com uma figa de mão preta, mandei confeccionar, pra no pescoço dele botar. Depois de uma certa idade... um resfriadinho de nada, não é nada bom. Não é seu menino?                                                                                                                                                                                                                                                             Assunto quente, penso eu...

                                                                                                                                                                                                José Ivanildo